terça-feira, 4 de setembro de 2012

Fontes Históricas

                                                                                
                                                               Fonte Histórica                                            
                                                                                 




Sempre nos perguntamos como um historiador pode saber de coisas que aconteceram em um passado muito, muito distante. Para saber do passado, o historiador conta com a ajuda das fontes históricas.
Fontes históricas são os documentos que permitem ao historiador recontar e interpretar os fatos passados e reconstruir a história.

As fontes históricas podem ser vestígios arqueológicos, como ossos dos animais e dos homens que viveram no período da pré-história.

A análise do passado deve ser estudada por meio dos vestígios das atividades humanas, que é conhecido como fontes históricas. Existem vários tipos de fontes históricas, como as fontes materiais, ao orais, iconográficas(visuais) e as escritas.


  • As fontes materiais são os vestígios materiais da atividade humana e que incluem, as fontes arqueológicas em geral, os instrumentos de trabalho, os monumentos, as moedas, entre muitas outras.
  • Algumas ciências auxiliares da história são dedicadas a este tipo de fonte, como a arqueologia, que é uma ciência que estuda o passado humano a partir dos vestígios e restos materiais deixados pelos povos que habitaram a terra. 

                                                   
                                                 ( fóssil de dinossauro)

As fontes orais incluem toda a informação e tradição que se mantém conservada na memória das pessoas e passada oralmente de uns para outros.


( fonte oral: um depoimento escrito ou gravado, uma música grava em CD..)
  • As fontes iconográficas (visuais) são as que representam imagens ( uma gravura, uma fotografia, um filme).

( pintura de Leonardo da Vinci)
  • As fontes escritas normalmente são mais utilizadas e se diferencia pelo suporte e técnica utilizados na escrita. No estudo das épocas Modernas e Contemporânea, as fontes escritas utilizadas são normalmente classificadas em manuscritos e impressas.
Fonte escrita: uma carta, uma certidão de nascimento, um livro, etc.

É por meio das relações entre as várias fontes históricas que o conhecimento humano sobre o passado vai sendo interpretado e reconstruído. Assim,devemos lembrar que uma mesma fonte histórica pode ter diversas interpretações. Tudo depende da forma como cada historiador trabalha sua fonte.

Infelizmente muitas fontes históricas se perderam com o passar do tempo, mas com a ajuda de arquivos públicos e particulares, bibliotecas, museus e colecionadores, outras fontes históricas tem sido preservadas e   guardadas.

Tempo Histórico


O sistema de contagem do tempo que nós seguimos é a cristã. Este sistema situa todos os acontecimentos em relação ao nascimento de Cristo, tanto antes como depois. Por exemplo, seguindo este sistema, os Romanos tomaram a Grécia em 146 a. C. (antes de Cristo) e o fim do Império Romano do Ocidente em 476 d.c.(depois de Cristo).
Para além da era Cristã, existem e existiram outras formas de contagem do tempo.

 Na Grécia Antiga, o ponto de referência era a realização dos primeiros jogos Olímpicos que datam, na era Cristã, ao ano de 776 a.C.
Os Romanos contava o tempo a partir da data da fundação de Roma(753 a.C da era cristã), mas mais tarde adotaram o calendário Juliano ou também Era de César.




- Foi a partir dos Romanos que as unidades de tempo estabelecidas em:

  • milênio;
  • século;
  • década;
  • ano;
  • dia;

Além destes alguns povos adaptaram outros sistemas de contagem.

- Os judeus adaptaram o calendário Judaico que tem como referência a criação do mundo, segundo os judeus, esta corresponde ao ano de 3761 a. C.
- Já o mundo islâmico adapta a era muçulmana, cujo ponto de referência é a fuga do profeta Maomé para Medina que corresponde ao ano 622 da era cristã.

Tempo Histórico

Assim como podemos contar o tempo através do tempo cronológico, usando relógios ou calendários, temos ainda outros tipos de tempo: o tempo geológico, que se refere às mudanças ocorridas na crosta terrestre, e o tempo histórico que está relacionado às mudanças nas sociedades humanas.


O tempo histórico tem como agentes os grupos humanos, os quais provocam as mudanças sociais, ao mesmo tempo em que são modificados por elas.

O tempo histórico revela e esclarece o processo pelo qual passou ou passa a realidade em estudo. Nos anos 60, por exemplo, em quase todo o Ocidente, a juventude viveu um período agitado, com mudanças, movimentos políticos e contestação aos governos. O rock, os hippies, os jovens revolucionários e, no Brasil, o Tropicalismo (Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, entre outros) e a Jovem Guarda (Roberto Carlos, Erasmo Carlos, entre tantos outros), foram experiências sociais e musicais que deram à década de 60 uma história peculiar e diferente dos anos 50 e dos anos 70.


Isto é o tempo histórico: traçamos um limite de tempo para estudar os seus acontecimentos característicos, levando em conta que, naquele momento escolhido, muitos seres humanos viveram, sonharam, trabalharam e agiram sobre a natureza e sobre as outras pessoas, de um jeito específico.

A história não é prisioneira do tempo cronológico. Às vezes, o historiador é obrigado a ir e voltar no tempo. Ele volta para compreender as origens de uma determinada situação estudada e segue adiante ao explicar os seus resultados.

A contagem do tempo histórico

O modo de medir e dividir o tempo varia da acordo com a crença, a cultura e os costumes de cada povo. Os cristãos, por exemplo, datam a história da humanidade a partir do nascimento de Jesus Cristo. Esse tipo de calendário é utilizado por quase todos os povos do mundo, incluindo o Brasil.


O ponto de partida de cada povo ao escrever ou contar a sua história é o acontecimento que é considerado o mais importante.

O ano de 2012, em nosso calendário, por exemplo, representa a soma dos anos que se passaram desde o nascimento de Jesus e não todo o tempo que transcorreu desde que o ser humano apareceu na Terra, há cerca de quatro milhões de anos.

Como podemos perceber, o nascimento de Jesus Cristo é o principal marco em nossa forma de registrar o tempo. Todos os anos e séculos antes do nascimento do Jesus são escritos com as letras a. C. e, dessa maneira, então 127 a. C., por exemplo, é igual a 127 anos antes do nascimento de Cristo.

Os anos e séculos que vieram após o nascimento de Jesus Cristo não são escritos com as letras d. C., bastando apenas escrever, por exemplo, no ano 127.

O uso do calendário facilita a vida das pessoas. Muitas vezes, contar um determinado acontecimento exige o uso de medidas de tempo tais como século, ano, mês, dia e até mesmo a hora em que o fato ocorreu. 

Algumas medidas de tempo muito utilizadas são:

  • milênio: período de 1.000 anos;
  • século: período de 100 anos;
  • década: período de 10 anos;
  • quinquênio: período de 5 anos;
  • triênio: período de 3 anos;
  • biênio: período de 2 anos (por isso, falamos em bienal).

Entendendo as convenções para contagem de tempo

Para identificar um século a partir de uma data qualquer, podemos utilizar operações matemáticas simples. Observe.
Se o ano terminar em dois zeros, o século corresponderá ao (s) primeiro (s) algarismo (s) à esquerda desses zeros. Veja os exemplos:

  • ano 800: século VIII
  • ano 1700: século XVII
  • ano 2000: século XX

Se o ano não terminar em dois zeros, desconsidere a unidade e a dezena, se houver, e adicione 1 ao restante do número, Veja:

ano 5:                     0+1=1                           século I
ano 80:                   0+1=1                           século I
ano 324:                 3+1=4                           século IV
ano 1830:             18+1=19                         século XIX
ano 1998:             19+1=20                         século XX
ano 2001:             20+1=21                         século XXI