segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Feudalismo na Idade Média

                       Servos trabalhando num feudo medieval
                         Servos trabalhando num feudo medieval


Introdução 

O feudalismo tem inicio com as invasões germânicas (bárbaras ), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente (Europa). As características gerais do feudalismo são: poder descentralizado (nas mãos dos senhores feudais), economia baseada na agricultura e utilização do trabalho dos servos. 

Estrutura Política do Feudalismo 

Prevaleceram na Idade Média as relações de vassalagem e suserania. O suserano era quem dava um lote de terra ao vassalo, sendo que este último deveria prestar fidelidade e ajuda ao seu suserano. O vassalo oferece ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem se estendiam por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.
Todos os poderes, jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos dos senhores feudais, donos de lotes de terras (feudos).

Sociedade feudal 

A sociedade feudal era estática (com pouca mobilidade social) e hierarquizada. A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses. O clero (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era isento de impostos e arrecadava o dízimo. A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos. Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corvéia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal), talha (metade da produção), banalidade (taxas pagas pela utilização do moinho e forno do senhor feudal).

Economia feudal

A economia feudal baseava-se principalmente na agricultura. Existiam moedas na Idade Média, porém eram pouco utilizadas. As trocas de produtos e mercadorias eram comuns na economia feudal. O feudo era a base econômica deste período, pois quem tinha a terra possuía mais poder. O artesanato também era praticado na Idade Média. A produção era baixa, pois as técnicas de trabalho agrícola eram extremamente rudimentares. O arado puxado por bois era muito utilizado na agricultura.

Religião 

Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso. Detentora do poder espiritual, aIgreja influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de comportamento na Idade Média. A igreja também tinha grande poder econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos trabalhando. Os monges viviam em mosteiros e eram responsáveis pela proteção espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo rezando e copiando livros e a Bíblia.

As Guerras 

A guerra no tempo do feudalismo era uma das principais formas de obter poder. Os senhores feudais envolviam-se em guerras para aumentar suas terras e poder. Os cavaleiros formavam a base dos exércitos medievais. Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas, representavam o que havia de mais nobre no período medieval. O residência dos nobres eram castelos fortificados, projetados para serem residências e, ao mesmo tempo, sistema de proteção.

Castelo -  feudalismo Castelo da época do feudalismo

Educação, artes e cultura

educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres estudavam. Marcada pela influência da Igreja, ensinava-se o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras. Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros.
arte medieval também era fortemente marcada pela religiosidade da época. As pinturas retratavam passagens da Bíblia e ensinamentos religiosos. As pinturas medievais e os vitrais das igrejas eram formas de ensinar à população um pouco mais sobre a religião.
Podemos dizer que, em geral, a cultura e a arte medieval foram fortemente influenciadas pela religião. Na arquitetura destacou-se a construção de castelos, igrejas e catedrais.

O fim do feudalismo

O feudalismo não terminou de uma hora para outra, ou seja, de forma repentina. Ele foi aos poucos se enfraquecendo e sendo substituído pelo sistema capitalista. Podemos dizer o feudalismo começou a entrar em crise, em algumas regiões da Europa, já no século XII, com várias mudanças sociais, políticas e econômicas. O renascimento comercial, por exemplo, teve um grande papel na transição do feudalismo para o capitalismo.

As Novelas de Cavalaria na Idade Média


                                                                       Rei Arthur.  

O movimento denominado trovadorismo foi o primeiro da escola literária portuguesa, tendo surgido e permanecido entre o século XII e XIV. Porém, o trovadorismo não ficou somente na poesia, vieram a seguir asnovelas de cavalaria, que derivaram das gestas francesas, que eram poesias de temas guerreiros, com os seus heróis cavaleiros em aventuras perigosas que lutavam para defender o bem e obter a vitória sobre o mal. Deixaram, então, de serem manifestadas em versos para o serem em prosa e, ao invés de cantadas passaram a ser lidas.

Novelas de cavalaria em Portugal

Grandes chroniques RolandAs novelas de cavalaria chegaram a Portugal no século XIII, quando na época seu rei era Afonso III e permeavam na fidalguia e realeza. Como originárias da França, os relatos eram traduzidos, mas as cópias sofriam modificações para que se adaptassem à cultura e história portuguesa. Por esse tempo, não há conhecimento de nenhuma novela portuguesa por excelência: todas vinham do país francês.

Autoria

Essas narrativas, de modo geral, não constam o nome de seu autor. Serviam como verdadeira divulgação das Cruzadas, como maneira de auxiliar na propagação da fé cristã e conquistar a simpatia da população ao movimento.
As novelas agradavam a todos positivamente e influenciaram muito no comportamento e rotina da população nessa época.
Dentre as que mais percorriam os meios portugueses estavam as novelas Amandis de Gaula e A Demanda do Santo Graal.

Ciclos das novelas de cavalaria

Por convenção a divisão ficou assim estabelecida:
Ciclo bretão ou arturiano, tendo como protagonistas o Rei Artur e seus cavaleiros.
Ciclo carolíngio, com Carlos Magno e os doze pares de França.
Ciclos Clássicos, relacionados às novelas de temas Greco-latinos.
Tendo-se em conta a Literatura Portuguesa, é contraditória essa divisão, pois somente o ciclo arturiano deixou sua passagem em Portugal. Os demais ciclos, embora conhecidos e tendo deixado algumas marcas, passaram somente em forma de poesia e, também, por não haver conhecimento de alguma novela do ciclo carolíngio ou clássico.

Novelas de cavalaria mais importantes

Pintura de cavaleiros adorando o santo graalO que se tem conhecimento é que na Biblioteca de D. Duarte – 1391 a 1438, haviam escritos de algumas novelas, tais como Tristão, o Livro de Galaax e o Mago Merlim. Isso comprova a consideração por essas novelas, bem como, a influência no comportamento e costumes dos frequentadores da realeza nos palácios portugueses. Com exceção de Amadis de Gaula ficaram somente: História de Merlim, José de Arimatéia e a Demanda do Santo Graal.
A novela História de Merlim existe somente na tradução em espanhol, pois na língua portuguesa, ela desapareceu. José de Arimatéia chegou a ser publicada em 1967, com tradução advinda do Século XIV. Juntos a ela, a História de Merlim e A Demanda do Santo Graal são as novelas que ficaram até hoje.
Nas novelas evidencia-se a figura do cavaleiro medieval conforme os padrões da Igreja Católica, por quem ele se dedica: casto, fiel, dedicado e pronto a qualquer sacrifício na defesa da honra cristã.

Literatura de Cordel e Literatura Oral

                                                                               
Literatura de Cordel: folheto ilustrado com xilogravura


O que é e origem 

literatura de cordel é uma espécie de poesia popular que é impressa e divulgada em folhetos ilustrados com o processo de xilogravura. Também são utilizadas desenhos e clichês zincografados. Ganhou este nome, pois, em Portugal, eram expostos ao povo amarrados em cordões, estendidos em pequenas lojas de mercados populares ou até mesmo nas ruas.

Chegada ao Brasil 

A literatura de cordel chegou ao Brasil no século XVIII, através dos portugueses. Aos poucos, foi se tornando cada vez mais popular. Nos dias de hoje, podemos encontrar este tipo de literatura, principalmente na região Nordeste do Brasil. Ainda são vendidos em lonas ou malas estendidas em feiras populares.

De custo baixo, geralmente estes pequenos livros são vendidos pelos próprios autores. Fazem grande sucesso em estados como Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba e Bahia. Este sucesso ocorre em função do preço baixo, do tom humorístico de muitos deles e também por retratarem fatos da vida cotidiana da cidade ou da região. Os principais assuntos retratados nos livretos são: festas, política, secas, disputas, brigas, milagres, vida doscangaceiros, atos de heroísmo, milagres, morte de personalidades etc.

Em algumas situações, estes poemas são acompanhados de violas e recitados em praças com a presença do público. 
Um dos poetas da literatura de cordel que fez mais sucesso até hoje foi Leandro Gomes de Barros (1865-1918). Acredita-se que ele tenha escrito mais de mil folhetos. Mais recentes, podemos citar os poetas José Alves Sobrinho, Homero do Rego Barros, Patativa do Assaré (Antônio Gonçalves da Silva), Téo Azevedo. Zé Melancia, Zé Vicente, José Pacheco da Rosa, Gonçalo Ferreira da Silva, Chico Traíra, João de Cristo Rei e Ignácio da Catingueira.

Vários escritores nordestinos foram influenciados pela literatura de cordel. Dentre eles podemos citar: João Cabral de Melo, Ariano Suassuna, José Lins do Rego e Guimarães Rosa.
Poética do cordel:
- Quadra: estrofe de quatro versos.
- Sextilha: estrofe de seis versos.
- Septilha: é a mais rara, pois é composta por sete versos.
- Oitava: estrofe de oito versos.
- Quadrão: os três primeiros versos rimam entre si; o quarto com o oitavo, e o quinto, o sexto e o sétimo também entre si.
- Décima: estrofe de dez versos.
- Martelo: estrofes formadas por decassílabos (comuns em desafios e versos heróicos).

Literatura Oral 

Faz parte da literatura oral os mitos, lendas, contos e provérbios que são transmitidos oralmente de geração para geração. Geralmente, não se conhece os autores reais deste tipo de literatura e, acredita-se, que muitas destas estórias são modificadas com o passar do tempo. Muitas vezes, encontramos o mesmo conto ou lenda com características diferentes em regiões diferentes do Brasil. A literatura oral é considerada uma importante fonte de memória popular e revela o imaginário do tempo e espaço onde foi criada.

Muitos historiadores e antropólogos estudam este tipo de literatura com o objetivo de buscarem informações preciosas sobre a cultura e a história de uma época. Em meio a ficção, resgata-se dados sobre vestimentas, crenças, comportamentos, objetos, linguagem, arquitetura etc.

Podemos considerar como sendo literatura oral os cantos, encenações e textos populares que são representados nos folguedos.

Exemplos de mitos, lendas e folclore brasileiro: saci-pererêcurupiraboto cor de rosa, caipora, Iara, boitatá,
lobisomem, mula-sem-cabeça, negrinho do pastoreio.

Literatura Brasileira


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Padre José de Anchieta: representante do início da literatura brasileira

Quinhentismo (século XVI)

Representa a fase inicial da literatura brasileira, pois ocorreu no começo da colonização. Representante da Literatura Jesuíta ou de Catequese, destaca-se Padre José de Anchieta com seus poemas, autos, sermões cartas e hinos. O objetivo principal deste padre jesuíta, com sua produção literária, era catequizar os índios brasileiros. Nesta época, destaca-se ainda Pero Vaz de Caminha, o escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral. Através de suas cartas e seu diário, elaborou uma literatura de Informação ( de viagem ) sobre o Brasil. O objetivo de Caminha era informar o rei de Portugal sobre as características geográficas, vegetais e sociais da nova terra.

Barroco ( século XVII )

Essa época foi marcada pelas oposições e pelos conflitos espirituais. Esse contexto histórico acabou influenciando na produção literária, gerando o fenômeno do barroco. As obras são marcadas pela angústia e pela oposição entre o mundo material e o espiritual.  Metáforas, antíteses e hipérboles são as figuras de linguagem mais usadas neste período. Podemos citar como principais representantes desta época: Bento Teixeira, autor de Prosopopéia; Gregório de Matos Guerra ( Boca do Inferno ), autor de várias poesias críticas e satíricas; e padre Antônio Vieira, autor de Sermão de Santo Antônio ou dos Peixes.
Neoclassicismo ou Arcadismo ( século XVIII )

O século XVIII é marcado pela ascensão da burguesia e de seus valores. Esse fato influenciou na produção da obras desta época. Enquanto as preocupações e conflitos do barroco são deixados de lado, entra em cena o objetivismo e a razão. A linguagem complexa é trocada por uma linguagem mais fácil. Os ideais de vida no campo são retomados ( fugere urbem = fuga das cidades ) e a vida bucólica passa a ser valorizada, assim como a idealização da natureza e da mulher amada. As principais obras desta época são: Obra Poética de Cláudio Manoel da Costa, O Uraguai de Basílio da Gama, Cartas Chilenas e Marília de Dirceu de Tomás Antonio Gonzaga, Caramuru de Frei José de Santa Rita Durão.

Romantismo ( século XIX )

A modernização ocorrida no Brasil, com a chegada da família real portuguesa em 1808, e a Independência do Brasil em 1822 são dois fatos históricos que influenciaram na literatura do período. Como características principais do romantismo, podemos citar : individualismo, nacionalismo, retomada dos fatos históricos importantes, idealização da mulher, espírito criativo e sonhador, valorização da liberdade e o uso de metáforas. As principais obras românticas que podemos citar : O Guarani de José de Alencar, Suspiros Poéticos e Saudades de Gonçalves de Magalhães, Espumas Flutuantes deCastro Alves, Primeiros Cantos de Gonçalves Dias. Outros importantes escritores e poetas do período: Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo, Junqueira Freire e Teixeira e Souza.

Realismo - Naturalismo ( segunda metade do século XIX )

Na segunda metade do século XIX, a literatura romântica entrou em declínio, juntos com seus ideais. Os escritores e poetas realistas começam a falar da realidade social e dos principais problemas e conflitos do ser humano. Como características desta fase, podemos citar : objetivismo, linguagem popular, trama psicológica, valorização de personagens inspirados na realidade, uso de cenas cotidianas, crítica social, visão irônica da realidade. O principal representante desta fase foi Machado de Assis com as obras : Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro e O Alienista. Podemos citar ainda como escritores realistas Aluisio de Azedo autor de O Mulato e O Cortiço e Raul Pompéia autor de O Ateneu.

Parnasianismo ( final do século XIX e início do século XX )

parnasianismo buscou os temas clássicos, valorizando o rigor formal e a poesia descritiva. Os autores parnasianos usavam uma linguagem rebuscada, vocabulário culto, temas mitológicos e descrições detalhadas. Diziam que faziam a arte pela arte. Graças a esta postura foram chamados de criadores de uma literatura alienada, pois não retratavam os problemas sociais que ocorriam naquela época. Os principais autores parnasianos são: Olavo Bilac, Raimundo Correa, Alberto de Oliveira e Vicente de Carvalho.

Simbolismo ( fins do século XIX )

Esta fase literária inicia-se com a publicação de Missal e Broquéis de João da Cruz e Souza. Os poetas simbolistas usavam uma linguagem abstrata e sugestiva, enchendo suas obras de misticismo e religiosidade. Valorizavam muito os mistérios da morte e dos sonhos, carregando os textos de subjetivismo. Os principais representantes do simbolismo foram: Cruz e Souza e Alphonsus de Guimaraens.

Pré-Modernismo (1902 até 1922)

Este período é marcado pela transição, pois o modernismo só começou em 1922 com a Semana de Arte Moderna. Está época é marcada pelo regionalismo, positivismo, busca dos valores tradicionais, linguagem coloquial e valorização dos problemas sociais. Os principais autores deste período são: Euclides da Cunha (autor de Os Sertões), Monteiro LobatoLima Barreto, autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma e Augusto dos Anjos.

Modernismo (1922 a 1930)

Este período começa com a Semana de Arte Moderna de 1922. As principais características da literatura modernista são : nacionalismo, temas do cotidiano (urbanos) , linguagem com humor, liberdade no uso de palavras e textos diretos. Principais escritores modernistas : Mario de Andrade,Oswald de Andrade, Cassiano Ricardo, Alcântara Machado e Manuel Bandeira.

Neo-Realismo (1930 a 1945)

Fase da literatura brasileira na qual os escritores retomam as críticas e as denúncias aos grandes problemas sociais do Brasil. Os assuntos místicos, religiosos e urbanos também são retomados. Destacam-se as seguintes obras : Vidas Secas de Graciliano Ramos, Fogo Morto de José Lins do Rego, O Quinze de Raquel de Queiróz e O País do Carnaval de Jorge Amado. Os principais poetas desta época são: Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade e Cecilia Meireles.

                                                                               
                                           Livros de Literatura 


 
                                                  
LITERATURA

Literatura Brasileira - Em Diálogo com Outras 

   Autor: Magalhães, Thereza Cochar; Cereja, William Roberto
   Editora: Atual

 Literatura Brasileira - Tempos , Leitores e Leituras   Autor: Abaurre, Maria Luiza; Pontara, Marcela Nogueira
   Editora: Moderna

 História Concisa da Literatura Brasileira   Autor: Bosi, Alfredo
   Editora: Cultrix

 Literaturas Brasileira e Portuguesa   Autor: Souza, Jesus Barbosa de; Campedelli, Samira Yousseff
   Editora: Saraiva

 Literatura Brasileira - Das Origens aos Nossos Dias   Autor: Nicola, Jose de
   Editora: Scipione

 Painel da Literatura em Português   Autor: Nicola, Jose de
   Editora: Scipione

 A Literatura Portuguesa   Autor: Moises, Massaud
   Editora: Cultrix

 A Literatura Portuguesa Através dos Textos   Autor: Moises, Massaud
   Editora: Cultrix

 Literatura Portuguesa   Autor: Oliveira, Paulo Motta; Garmes, Hélder; Bueno, Aparecida de Fátima; Gisele, Fernandes Annie
   Editora: Alameda Casa Editorial

 Estudos de Literatura Brasileira e Portuguesa   Autor: Franchetti, Paulo
   Editora: Atelie

 Literatura Portuguesa e Brasileira   Autor: Chacon, Geraldo
   Editora: Flamula

 Formação da Literatura Brasileira - Momentos Decisivos   Autor: Candido, Antonio
   Editora: Ouro sobre Azul

 Literatura Brasileira - Modos de Usar - Col. L&pm Pocket   Autor: Fischer, Luis Augusto
   Editora: L&PM

 Literatura Infantil Brasileira   Autor: Lajolo, Marisa
   Editora: Ática

 Iniciação À Literatura Brasileira   Autor: Candido, Antonio
   Editora: Ouro sobre azul

O PRIMEIRO HOMOSSEXUAL ?

                                                                           

Cientistas Thecos escavaram o que acreditam ser o esqueleto de um homem pré-histórico homossexual ou transexual que viveu entre 4.500 e 5.000 anos atrás. A equipe de pesquisadores da sociedade Arqueológica tcheca constatou que os restos - retirados de um sítio arqueológico neolítico em Praga - indicam que o individuo, de sexo masculino, foi enterrado segundo ritos normalmente destinados ás mulheres. Os restos são de um membro da cultura da cerâmica cordada, que viveu no norte da Europa na idade da pedra, entre 2.500 a.C e 2.900 a.C. Neste tipo de cultura, os homens normalmente são enterrados sobre o seu lado direito, com a cabeça virada para o oeste, juntamente com ferramentas, armas, comidas e bebidas. As mulheres  normalmente sobre seu lado esquerdo, viradas para o leste e rodeada de jóias e objetos de uso doméstico. O esqueleto foi enterrado sobre o seu lado esquerdo, com a cabeça apontado para o oeste e cercado de objetos de uso doméstico, como vasos. " A partir de conhecimentos históricos e etnológicos,sabemos que os povos neste período levavam muito a sério os rituais funerários, portanto é improvável que esta posição fosse um erro", disse a coordenadora da pesquisa, Kamila Remisova Vesinova. " É mais provável que ele tenha tido uma orientação sexual diferente".

CÂNCER NA PRÉ- HISTÓRIA

                                                     

Quando escavaram uma colina de sepultamento na região Russa de Tuva, há aproximadamente dez anos, os arqueólogos literalmente encontraram ouro. Encurvados não chão de uma sala interna havia dois esqueletos, um homem e uma mulher, cercados por indumentárias reais de 27 séculos atrás: toucas e mantos adornados com imagens de ouro de cavalos, panteras e outros animais sagrados. Mas para os paleopatologistas - estudiosos das doenças antigas-, o tesouro mais rico era a abundancia de tumores em praticamente todos os ossos do corpo masculino. O diagnóstico: o caso de câncer na próstata mais antigo de que se tem noticias. Frequentemente considerado uma doença moderna, o Câncer sempre esteve consco. Onde os cientistas discordam é sobre o quanto ele foi amplificado pelos doces e amargos frutos da civilização. Ao longo das décadas, arqueólogos descobriram cerca de 200 casos possíveis de câncer datado de tempos pré- históricos. "Não existem razão para achar que o câncer é uma doença nova" disse Robert A. Weinberg, um pesquisador de câncer do instituto Whitehead de pesquisa Bionética, em Cambridge, Massachusetts, e autor do livro didático " a Biologia do Câncer". Em tempos passados, a doença era comum porque as pessoas acabaram morrendo cedo, por outros motivos".

Michelangelo Buonarroti

                                                        

                      Michelangelo di Ludovico Bounarroti Simoni



Michelangelo do Lodovico Buonarroti Simoni (Caprese, * 1475  - Roma, + 1564), mais conhecido como Michelangelo. Entre os seus maiores feitos, sem dúvida, está a capela Sistina. Para acessá-la, em Roma, é preciso percorrer, ao menos por 30 minutos, o extenso acervo do Museu do Vaticano. Após um sobe- e desce sem fim de escadas e longos corredores repletos de preciosidades como as artes grego e romana antigas, finalmente adentra-se a capela sistina para disputar, com centenas de turistas, uma posição privilegiada para observar os detalhes de uma obra monumental. 
                                 

A Capela Sistina tem esse nome por causa do para sisto IV e foi erguida em 1473, No ambiente é possível notar a presença de outros grandes artistas da época, tais como: Botticelli, Roselli, Signorelli, Guirlandaio e Perugino. Nas laterais, pintadas entre 1481 e 1483, observa-se episódios paralelos às vidas de Moisés e Cristo. Apesar da beleza de tais afrescos, o toque de Michelângelo roubar a cena. Entre 1508 e 1512, a pedido do papa Júlio II, Michelangelo criou o teto da capela com episódios como a criação de adão e o pecado original. Temas dos Antigo e Novo testamento também podem ser contemplados.

A superfície superior da Capela Sistina foi dividida em áreas, nas triangulares há as figuras de profetas e sibilas; nas retangulares, os episódios do Gêneses. Como imagem de fundo, temos:

. Deus criando o sol e a lua;
. Deus separando a luz das trevas;
. Deus separando a terra das águas;
. A Criação de Adão ( a mais famosa, vide abaixo);
. A Criação de Eva;
. O pecado Original e a Expulsão do paraíso;
. O Dilúvio Universal;
. O sacrifício de Noé;
. Noé Embriagado.

Duas décadas depois, entre 1534 e 1541, Michelangelo terminou a decoração da capela ao acrescentar o juízo final na parede do altar. A visão é de arrepiar os mais céticos diante das almas que enfrentam o julgamento de Deus e das que foram condenadas ao inferno. Nesta última empreitada. Michelangelo não teve piedade e sacrificou alguns afrescos de perugino, anteriores  a sua obra.










Na época Michelângelo dispensara os assistentes que havia contratado por julgar o trabalho dos mesmos, insuficientes. Alguns estudos apontam que Michelângelo se sentiu um tanto contrariado em aceitar o desafio da Capela Sistina, tendo em vista sua maior afinidade com o universo da escultura e não da pintura. Para atestar seu talento nesta área basta recorrer a obras monumentais como pietá (1499), crada com maestria quando o artista tinha apenas 25 anos de Davi (1501 - 1504), sua maior escultura.

No livro segredo da capela sistina sugere-se que o artista tenha usado de criptografia e seus conhecimentos em textos judaicos e cabalísticos, contrários ao cristianismo, para atacar o papa e defender aquilo em que acreditava. A visão atormentada do artista em relação à própria fé está presente na pintura do mártir São Bartolomeu, na qual Michelângrlo se autorretratou, Parece impossível pensar que somente um homem tenha desenvolvido o que se tornaria um dos maiores tesouros da humanidade. Não é à toa, que em Florença, Michelângelo fosse intitulado pelos seus pares como o Divino.

Ao visitar a Capela Sistina, vale saber o que é proibido fotografar e que o silêncio é solicitado insistentemente


Principais obras:
1. Afrescos da Capela Sistina (1508-12)- O mais grandioso dos trabalhos de Michelangelo, co episódios do Velho testamento e o Juízo final. 

2. A Piatã (1499-1500)-Feita em mármore, é uma escultura belíssima e extremamente expressiva. O artista foi criticado por apresentar uma virgem jovem demais.

3. Davi ( 1501-04) - considerada sua obra-prima. Escultura de um Davi esbelto atlético e de postura graciosa.

4. Moisés (1513-16) - Escultura em mármore. Figura central do túmulo do papa Júlio II. Na cabeça do profeta podem-se ver dois pequenos chifres.

5. Tondo Doni (1504-06) - Pintura em tela, em formato circular, comum quando se representava a Sagrada Família.

6. Auto-retrato (pintura) - Auto- retrato de Michelangelo, já velho. Expressão melancólica e sombria.

Curiosidades

Michelangelo poeta

O artista deixou cerca de 300 poemas, escritos entre 1501 e 1560. Alguns deles contém uma carga homoerótica bastante forte, evidenciando o possível homossexualismo do artista.

Relação neurótica

Michelangelo teria sido agredido a golpes de bengala pelo vaidoso papa Júlio II, quando trabalhava na pintura da Capela Sistina. O motivo o trabalho demorava demais para ficar pronto.

Bibliografia

http:/www.historianet.com.br/
http://www.pintoresfamosos.com.br/
http://pt.wikipedia.org/wiki/michelangelo

O SEGREDO DE MICHELANGELO


                          
                                                                                MIchelangelo

Pesquisadores acreditam ter desvendado um mistério de quase 500 anos, envolvendo uma das obras mais conhecidas de Michelangelo. Eles afirmam que os afrescos da Capela Sistina, no vaticano, escondem partes do corpo humano dissecadas pelo mestre do Renascimento. A primeira pergunta a ser feita é: por que o pintor italiano faria isso? para responder, precisamos voltar ao século XVI, época em que o renascimento dirigia as atenções da ciência e das artes para o homem fazendo com que, entre outras coisas, o corpo humano passasse a ser estudado com mais interesse. A dissecação de cadáveres - condenada pela igreja - era uma prática disseminada tanto entre médicos e pensadores quando entre pintores e escultores. Michelangelo era um deles( ao lado de Leonardo da Vinci, Rafael, Lucas Signorelli e Andrea Verocchio). Realizava experiência com cadáveres em seu próprio estúdio com tanta frequência que chegou a ser convidado por Realdo Colombo, um dos médicos mais famosos de seu tempo, para ilustrar um completo manual anatômico que não chegou a ser realizado. " O humanismo era o código de conduta da época. Esconder um cérebro na figura de Deus criando o homem, bem sobre as cabeças coroadas de bispos e do próprio papa, seria uma ironia típica do gênio de "Michelangelo", Diz o Historiador italiano Agostino Giovanelli, da Universidade Católica de Milão.

Reecomendação do dia: faça uma visita virtual em 3D à Capela Sistina em:

http://www.vatican.va/various/capelle/sistina_vr/index.htm l