sexta-feira, 27 de julho de 2012

HÉRCULES E OS JOGOS OLÍMPICOS

          
Os antigos gregos usavam a palavra "agon, agones" ( lutas ) para se referir a concursos e jogos públicos que promoviam desde tempos imemoriais. Em textos poétícos (Odisséia), de mais ou menos 850 AC, temos referências a jogos que nesse sentido se realizavam sob o patrocinio dos Feácios, antigos habitantes da ilha de córcira, corfu hoje, no mar jônio.

A mitologia nos dá noticias que dentre as artes ensinadas pelo centauro Kiron, mestre da Grécia heroica, aos seus discipulos, havia a chamada agonistica, a técnica e a pratica dos combates ou lutas corporais, que faziam grande uso da ginástica como preparação do corpo para este fim.
A  agonistica aparece na Filosofia como debate intenso, confundindo-se com a Eristica ( de Eris, a deusa da disputa). Ainda filosoficamente, a agonistica é tendência favorável à luta, que vê no combate um instrumento necessário ao progresso.

Os melhores exemplos desses jogos e concursos, sob o ponto de vista esportivo, são do chamado período clássico da história grega ( sécs, V-IV aC), tendo eles um caráter funebre ou religioso.
 No periodo helenistico da história grega ( a Grécia sob o dominio da Macedõnia, sécs. III-I aC), temos noticias de muitos jogos realizados em homenagem a soberanos, como os de Alexandria, Pérgamo e Antioquia, dos quais faziam parte também provas musicais e concursos hipicos.
                                                                                                              

                                                     
                                                          AQUILES E PÁTROCLO

Quanto a jogos funerários, a mitologia grega (Iliada) nos deixa o registro daqueles que Aquiles promoveu em homenagem a Pátroclo, seu grande amigo, falecido na guerra de Tróia.

                                             
         
 
                                                                                     ZEUS

Os jogos  eram realizados  de dois modos: que havia os pan-helênicos e os relacionados apenas a uma cidade. Os principais jogos pan- helênicos, abertos a todas as cidades gregas, eram os olimpicos (olimpia), em homenagem a ZEUS, a principal dividade grega, os piricos (pythia), realizados em Delfos, em homenagem ao DEUS Apolo, os Nemaicos (Nemeia), em honra a Zeus: DEUS no elemento liquido, dos oceanos e dos mares. Os jogos restritos às cidades eram consagrados às suas respectivas divindades  tutelares. Os jogos pan-helênicos estavam abertos somente áqueles que eram legalmente tidos como cidadão, deles participando, portanto, só atletas e espectadores so sexo masculino.
De um modo geral, os "agones" eram divididos em três categorias:

1) jogos hipicos (agones hippikoi):
 2) jogos musicais (agones mousikoi), compreendendo concursos de musicas, canto e danças
3) jogos ginásticos ( agones gymnikoi), constituidos pelo pentatlo ( salto em extensão, corrida a pé ( de fundo e meio - fundo), corrida de soldados armados (hoplitas), lançamentos do disco, lançamento do martelo, luta grega, juntando-se a estas modalidades o pugilato, uma espécie de boxe e o pancrácio, uma espécie de luta - livre, Alguns números: corrida a pé, de curta distância, era de 192,25 m. (um estádio): a de média distância  de 4.614m. ( 24 estádios).       



                                                               PALESTRA EM OLIMPIA
         
Os mais célebres jogos gregos eram os olimpicos, realizados a cada quatro anos. As solenidades de instalação dos jogos em Olimpia,  no Peloponeso, ocorriam num bosque sagrado onde se elevava o templo de ZEUS, perto do monte Kronion. Um colégio de embaixadores sagrados, representando cada uma das cidades, era encarregado de anunciar a sua abertura e realização. Uma trégua total era proclamada quando do período de sua realização. suspensas todas as hostilidades, tornando-se invioláveis todos os que se dirigissem a Olimpia. Era considerado um sacrilégio particularmente grave algém penetrar armado na Élida, região dos jogos.

 Os concorrentes chegavam geralmente com muita antecedência a Olimpia e se exercitavam durante meses nos ginásios locais, antes da abertura dos jogos. Os jogos eram presididos pelos chamados helanodices, que tinham a incumbência  de policia-los, controlando tudo, cabendo-lhes inclusive a aplicação de punições aos que não observavam os regulamentos. O produto das multas era usado para financiar a construção  de imagens de ZEUS em bronze,depois colocadas nos jardins da cidade.
                                                                                   
No hipódromo, eram realizadas as corridas de carro, com quatro ou dois cavalos: de carros atrelados com mulas; de cavalos montados. Os vencedores ( olympionykes) eram apontados pelos helanodices e tinham seus nomes ploclamados pelos arautos. Recebiam como prêmios uma simples coroa feita com ramos de oliveiras selvagens se materialmente os prêmios eram insignifcantes, a glória de um atleta vitoriosonuma olimpiada era imensa, Sempre recedido triunfalmente em sua cidades natal, em sua homenagem era erguidas estátuas e seu feito celebrado por poetas, como Simônides ou Pindaro, que entoavam então cantos sobre sua vitória ( epinikion).
 A  realização dos jogos olimpicos na antiga Grécia sempre esteve ligada a um ideal de nacionalidade e aperfeiçoamento fisico.

 A mioar glória para o homem grego era a vitória numa Olímpiada. Grandes manisfestações culturais também ocorriam quando da realização dos jogos.Sofistas ( filósofos) como Hipias e Górgias preferiram discursos, oradores como Lísias e Isócrates produziam peças oratórias importantes e leituras de trechos de obras literárias eram feitas comoas de Herótodo, o Historiador.


Diz a lenda que os jogos olimpicos foram instituidos pelo grande herói grego Hércules para que sua vitória sobre o rei Áugias fosse lembrada eternamente.Sob o ponto de vista astrológico, esta versão se ajusta ao tema mais do que qualquer outra, pois o 11º de trabalho do nosso herói tem relação com o signo de Aquário, que simboliza a solidariedade coletiva, a cooperação, a fraternidade e o desapego material. outros já mencionaram que os jogos foram instituidos por Hércules para comemorar a grande vitória que os deuses olimpicos obtiveram na sua luta contra Titãs ( Titanomaquia) e depois contra os Gigantes ( Gigantomaquia). Hércules,como se sabe, participou ativamente desta última, contribuindo decisivamente para a vitória dos deuses.
                                                              
As divindades gregas viviam no alto de uma cadeia de montanhas chamada Olimpo, que ficava entre a Tessália e a Macedômia. No alto desta cadeia montanhosa ficava o palácio de ZEUS onde se reuniam os deuses ( olimpicos) para deliberar sobre os destinos do universo e festejar. As grandiosas desta cadeia de montanhas simbolizavam o céu, lugar de residência divina.

 Hércules é o mais célebre dos heróis da mitologia grega. As histórias que cercam sua figura são inumeras. Filho de um pai divino, Zeus, e de uma princesa mortal. Alcmena, tendo um pai humano, Anfitrion, Hércules, por seus trabalhos, suas viagens e suas aventuras, representou sempre para os gregos um ideal de combatividade.

 É o simbolo de um impulso evolutivo, de um ser que, pesar de todas as dificuldades e de suas fraquezas, procurou sempre se superar. Neste sentido, Hércules é um  símbolo da própria humanidade. Mais que a encaarnação de um ideal de heroismo viril, um modelo heroico de transcendência, de integração das forças terrestresa e celestes, sempre problematico. Seus excessos, su loucura, seu suicidio apoteótico nunca se constituiram em obstáculos para que considerado como elo entre o homem e a divindade.
                            
                                                                      

Embora outros, como o poeta Pindaro, não atribuissem a Hércules a instituição dos jogos olimpicos, a Versão que parece prevalecer é a de que tenha sido mesmo ele o seu patrono.

Historicamente, os jogos olimpicos tornaram-se realidade no ano de 776 aC, quando temos registros sobre as primeiras competições, organizadas pelo rei Ifitos,a conselho de Licurgo, legislador espartano.

Desde essa época até o ´seculo IV dC os jogos se realizaram regularemente a cada quatro anos, na lua nova precedentes ao solsticio de verão. Uma explicação sobre a periodicidade quadrienal dos jogos: o número quatro é um símbolo da totalidade criada e revelada. Temos assim os quatro pontos cardeias, as quatro idades do homem,as quatro divisões do dia, os quatro braços da cruz ( equinócios de primavera e de outono e solsticos de verão e de inverno), as quatro fases da lua, os quatro elementos ( fogo, terra, ar e água) constitutivos do universo, os quatro ventos ( Zêfiro, Euro, Noto e Bóreas) etc.

Na planicie que se estende em Olimpia, entre os rios alfeu e Cladeo, ergueu-se na antiguidade um estádio de 600 pés de comprimento, que abrigava cerca de 40 mil pessoas, tendo ao lado um hipódromo, um ginásio e uma palestra, espaço reservado para as lutas. Como ja se mencionou, os participantes deviam ser gregos, cidadão, e  livres de qualquer condenação infamante.


As inscrições das delegações para os jogos eram recebidas com a antecedência de seis meses, abrindo-se logo os ginásios para o respectivo treinamento dos atletas, tudo, como foi dito, sob a fiscalização e supervisão dos helanodices (hellanodikai). Seus julgamentos e decisões eram inapeláveis. Durante vários meses, preparavam-se para o exercício de suas funções, recebendo instruções especiais dos "monophylakes" (professores de legislação). Os helanodices, durante os jogos, residiam em prédios suntuosos (helanodikaion). Sua importância pode ser avaliada pela roupa que usavam, mantos de cor púrpura, próprios da elite política e religiosa. No exercício de suas funções, tinham um grande número de assessores (alytai), inclusive todo um contingente policial. 
A participação dos atletas era custeada pelas cidades inscritas. Algum tempo antes da abertura dos jogos as estradas tinham o seu movimento muito intensificado, verdadeiras multidões se locomoviam em direção de Olímpia, inclusive por via marítima, provenientes das ilhas do Mediterrâneo oriental e das colônias.
Às mulheres eram vedadas a participação e a presença nos jogos. O motivo alegado era o de que os atletas, em sua maioria, faziam nus as suas práticas. Muitas mulheres, entretanto, se arriscavam, entrando disfarçadas nos recintos esportivos (ginásio, palavra que vem do termo grego "gymnos", não vestido), correndo o risco de receber severas punições. Estranhamente, porém, a entrada de meninas até sete anos era tolerada e mesmo incentivada. Justificativa: permitir que elas admirassem corpos masculinos bonitos para que ideais de matrimônio e não de sexo lhes ocupasse a mente desde cedo...
Como sempre, durante os jogos, culto religioso, devoção aos deuses e ideais esportivos misturavam-se ao oportunismo comercial, tudo em meio a barracas, vendedores ambulantes, mágicos de feira, músicos, videntes etc. Tudo se vendia nesses acampamentos, vinho tirado de grandes ânforas, pães, frutas secas, tecidos, jóias, sandálias, perfumes etc. No calor do verão, no bosque sagrado de Olímpia, um enorme contigente humano se comprimia para a grande festa: embaixadores, militares, soldados, atletas, atores, prostitutas, sacerdotes, comerciantes, vendedores, jovens, crianças, fiscais, ladrões, funcionários, cidadãos comuns, médicos...
Pairava sempre no ar um odor de sangue, misturado à fumaça que se elevava das piras sacrificiais; uma grande quantidade de animais era nessas ocasiões levada ao sacrifício. Orações, cânticos, mugidos, gritos, risos, a melodia das cítaras e das flautas, dançarinas, uma celebração para não ser jamais esquecida. Antes de etapa dos jogos, obrigatoriamente, o juramento sagrado proferido pelos atletas: "Nós juramos que nos apresentaremos nos Jogos Olímpicos como concorrentes leais, respeitadores dos regulamentos que os regem e desejosos de deles participar com espírito cavalheiresco para a honra da nossa pólis e para a honra do esporte”.
O senado da Élida, durante a realização dos jogos, tinha o poder de excluir qualquer cidade concorrente por eventuais faltas cometidas por seus atletas como também podia impor pesadas multas por qualquer violação da trégua sagrada ou por qualquer crime contra o que eles chamavam de Helenismo, uma espécie de ética olímpica. 

ALEXANDRE 
Quando da vitória Felipe, pai de Alexandre Magno, sobre os gregos, os macedônicos começaram a participar dos jogos olímpicos. O mesmo acontecendo com os romanos, quando se impuseram militarmente aos gregos. O imperador romano Teodósio, por decreto de 394 dC, proibiu a realização dos jogos.
 
Os jogos olímpicos da era moderna só voltariam a se realizar a partir do ano de 1.896, por iniciativa de Pierre de Coubertin, pedagogo francês que se dedicou a promover a integração da educação física nos currículos escolares, uma proposta bem pífia se comparada com a motivação dos antigos gregos.
Nos tempos modernos, nos anos mais recentes, o ideal olímpico parece estar perdido. Além de problemas políticos, guerras mundiais, terrorismo, boicote (1980 e 1984), o que se constata a partir dos anos finais do séc.XX é que o amadorismo desapareceu do ideal olímpico, o uso de drogas se generalizou entre os atletas e o esporte-espetáculo tomou conta das competições, sob o patrocínio das grandes empresas multinacionais e dos grandes sistemas de comunicação, transformando-se os atletas em bem pagos vendedores de marcas e modelos comerciais.
Embora em Olímpia também existisse esse lado "comercial" quando da realização dos jogos, as competições nunca deixaram de se enquadrar num esquema de valorização da saúde, da beleza física e, sobretudo, do amor à glória e ao grande feito. Este era o ideal grego relativo ao ser humano e à própria existência enquanto "agon", luta. Este conceito integrava-se à chamada "paideia" (educação total), dela fazendo parte, com destaque, a perfeição física e psíquica, alcançadas com exercícios apropriados, a fim de se garantir a boa forma física e a saúde, que até a velhice não estavam separadas da vida intelectual e sobretudo da contínua formação do caráter.
As Olimpíadas, retomadas no final do século XIX, puseram em circulação, tão somente, um ideal de resultados que hoje tem sua plena configuração na máxima: "Todos os meios são bons desde que eficazes". Estamos, por isso, bem longe, em oposição, melhor dizendo, aos ideais daquele mundo que se reunia em Olímpia para a realização dos jogos criados pelo filho de Zeus e de Alcmena.    

 
    

Musica na Idade Média ( Canto Gregoriano )

                                                      
                                                                                   

                                                        
                                                      
Você vai aprender, nesta postagem, o significado de canto gregoriano, um tipo de canto que se popularizou na Idade Média e até hoje é ouvido nas Igrejas Católicas mais tradicionais. No conteúdo de história, este assunto é abordado no resumo sobre a Igreja Medieval

                                                       

Canto Gregoriano

Canto Gregoriano, ou Cantochão, é o nome que se dá à música monofônica, de apenas uma melodia, sem acompanhamento. Seu nome deriva do papa Gregório I, que comandou a igreja entre 590 e 604. Gregório I empreendeu uma reforma na igreja e passou a implementar este tipo de canto nas celebrações religiosas.

O vídeo abaixo apresenta um exemplo deste tipo de música de origem medieval.

                                                

Cronologia dos principais fatos do Brasil Colônia

                                   Resumo Cronológico da História do Brasil Colonial







Principais fatos da História do Brasil Colônia

1500 - Chegada dos portugueses ao Brasil (dia 22 de abril), liderados por Pedro Álvares Cabral.

1530 - Expedição comandada por Martim Afonso de Souza, cujo objetivo era organizar a defesa e povoamento do litoral brasileiro.

1532 - Criação do sistema de Capitanias Hereditárias (rei D. João III).

1538 - Começam a chegar ao Brasil os primeiros escravos vindos da África.

1548 - A Coroa Portuguesa cria e institui o Governo-Geral no Brasil.

1555 - Fundação da França Antártica no Rio de Janeiro.

1567 - Os franceses são expulsos do Rio de Janeiro (fim da França Antártica)

1580 - Após a União Ibérica o Brasil passa a ser domínio espanhol.

1599 - Início dos ataques holandeses ao litoral brasileiro.

1640 - Com o fim da União Ibérica o Brasil volta a ser governado por Portugal.

1645 - Começa a Insurreição Pernambucana (Guerra da Luz Divina)

1654 - Os holandeses são expulsos do Nordeste do Brasil.

1680 - Decretação de lei proibindo a escravidão de índios no Brasil.

1684 a 1685 - Ocorre a revolta de Beckman no Maranhão.

1705 - Após a descoberta de minas de ouro tem inicio a "corrida do ouro" em direção à Capitania de Minas Gerais. Começa o Ciclo do Ouro.

1707 a 1709 - Guerra dos Emboabas.

1710 - Guerra dos Mascates

1719 - Coroa Portuguesa cria o "quinto" (imposto sobre o ouro encontrado no Brasil) e as Casas de Fundição.

1720 - Revolta de Filipe dos Santos em Vila Rica (contra a cobrança do "quinto").

1750 - Tratado de Madri entre Portugal e Espanha.

1765 - Coroa Portuguesa cria o sistema da "derrama", para cobrar os impostos atrasados na região aurífera brasileira.

1760 - Marquês de Pombal decreta a expulsão dos padres jesuítas do Brasil.

1785 - A produção industrial é proibida no Brasil com lei criada pela Coroa Portuguesa.

1789 - Inconfidência Mineira (tentativa brasileira de libertação da Coroa Portuguesa). Líder Tiradentes é preso, o movimento é sufocado e Tiradentes condenado a morte.

1798 - Guerra dos Alfaiates na província da Bahia (tentativa de formação de governo independente de Portugal).

1808 - Chegada da Corte Portuguesa ao Brasil. Início do Período Joanino (1808 a 1821).

1810 - Tratado de Comércio e Navegação com a Grã-Bretanha.

1815 - Brasil é elevado a Reino Unido de Portugal e Algarves.

1817 - Revolução Pernambucana.

1821 - D. João VI é convocado pelas cortes portuguesas para voltar à Portugal. D. Pedro I torna-se príncipe regente do Brasil.