segunda-feira, 9 de julho de 2012

Momentos de Tensão da Contemporaneidade

A contemporaneidade diz respeito aos tempos recentes, dos últimos vinte anos, e pode-se considerar a marca desta época o fenômeno da globalização ou da mundialização.
 
O momento delicado em que vivemos, com crise, insegurança e violência envolvendo os relacionamentos humanos, foi previsto por
Sigmund Freud (1856-1939), em seu livro "O Mal Estar na Cultura" - 1929, aonde ele diz " que se o progresso da humanidade seguisse apenas o avanço tecnológico e não levasse em conta a dimensão humana, o mal-estar, a angústia das pessoas iria aumentar cada vez mais. Nós temos um progresso tecnológico, mas as pessoas não têm tempo de conviver com a família, os amigos.

 O ritmo de vida exige cada vez mais desgaste das pessoas". As novas tecnologias como, Net, Ipod e outros avanços, e a maneira como o trabalho é organizado nos condicionam a um ritmo de vida que passa despercebido e se apresenta como "normal".
 Se as pessoas pensassem sobre o assunto saberiam responder... 

Quais os pontos positivos e negativos das novas tecnologias para o relacionamento humano?
 Porque é importante conviver com a família e os amigos?
 
O que é desgastante nesse ritmo de vida imposto pelo Capitalismo?

Literatura em gotas: Augusto dos Anjos





Budismo Moderno


Tome, Dr., esta tesoura, e ...corte
Minha singularíssima pessoa.
Que importa a mim que a bicharia roa
Todo o meu coração, depois da morte?!


Ah! Um urubu pousou na minha sorte!
Também, das diatomáceas da lagoa
A criptógama cápsula se esbroa
Ao contacto de bronca destra forte!


Dissolva-se, portanto, minha vida
Igualmente a uma célula caída
Na aberração de um óvulo infecundo;


Mas o agregado abstrato das saudades
Fique batendo nas perpétuas grades
Do último verso que eu fizer no mundo!


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Psicologia de um vencido


Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro da escuridão e rutilância
Sofro, desde a epigênesis da infância
A influência má dos signos do zodíaco.


Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.


Já o verme - este operário das ruínas - 
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,


Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há-de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!




(AUGUSTO DOS ANJOS. Eu e outros poemas)

Augusto dos Anjos 

Quem foi  

 Augusto dos Anjos foi um poeta brasileiro pré-modernista que viveu de 1884 a 1914. Sua obra “Eu e Outras Poesias”, foi publicada dois anos antes de sua morte.

Suas poesias trazem marcantes sentimentos de pessimismo e desânimo, além de inclinação para a morte. Com relação à estrutura, pode-se dizer que suas poesias apresentam rigor na forma e rico conteúdo metafórico. 

Morreu ainda jovem (em 1914) devido a uma enfermidade pulmonar, deixando para trás suas carreiras de promotor público (formou-se em Direito em 1906) e de professor, além de sua única e marcante obra. 


 Principais obras de Augusto dos Anjos

  Saudade (poema) - 1900
  Eu e Outras Poesias (único livro de poemas) - 1912
 Psicologia de um vencido (soneto)
 Versos íntimos

 

Mulheres de Roma: Messalina




                Valéria Messalina


Valéria Messalina, cujo nome transformou-se em sinônimo de "mulher lasciva e dissoluta em excesso", segundo definição do dicionário Aurélio, foi uma figura pérfida, capaz de grandes atrocidades.

Quando morreu, aos 22 anos, tinha uma história abarrotada de escândalos marcados por sua ninfomania e obsessão pelo poder.

Messalina nasceu em berço de ouro, no ano 24 da era cristã. Desfrutou de muitos privilégios e, na corte do imperador Calígula, fez sua escola em meio a um período da época romana marcada por derramamentos de sangue, numa atmosfera impregnada por perversões sexuais.

Com 15 anos, Messalina conheceu Tibério Claudio Cesar, 35 anos mais velho e tio de Calígula. Era um homem sem prestígio e considerado apenas um aleijado disforme, apresentando sintomas de paralisia infantil.

Proclamado imperador após a morte de Calígula, casou-se com Messalina: ele encantado com sua beleza e jovialidade, ela visando aliar-se a uma família poderosa. Já no começo do casamento, Messalina tinha uma espécie de time de amantes e sua vida desregrada era conhecida em toda Roma.

Depois de diversos e rumorosos casos, apaixonou-se por um cônsul, Caio Cilio. Tendo contraído matrimônio com ele em uma cerimônia pública enquanto Claudio estava em Ostia (fontes divergem se antes teria havido o divórcio do imperador ou se sua intenção era usurpar o trono), Messalina estava ao lado da mãe escrevendo cartas de perdão ao imperador quando chegaram os guardas enviados para executá-la. Ainda tentou o suicídio cortando os pulsos com uma adaga, mas fracassou. Um centurião terminou o serviço apunhalando-a até a morte.


Recomendação do dia: O filme "Demetrius e os Gladiadores", onde Messalina é interpretada por Susan Hayward
                               

Demétrius e os Gladiadores parte 1-7