quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Biografia de Lampião

              
               Lampião: o "rei do cangaço"


Lampião e Maria Bonita
MÉDICO BAIANO ESTUDA OS CRÂNIO DE LAMPIÃO E MARIA BONITA.
Cabeça mumificada de Lampião e Maria Bonita

Cabeças mumificadas de Lampião e Maria Bonita, em mãos do professor Estácio de Lima, o médico Baiano que pesquisou cabeças de vários cangaceiros inclusive a de Maria Bonita e Lampião, professor Estácio de Lima é médico legista do ( Instituto Médico Legal Nna Rodrigues) Antiga Faculdade de Medicina do Pelourinho Salvador Bahia o professor Estácio também é escritor escreveu um grande livro relato,( O estranho Mundo dos Cangaceiros). Em 1968 familiares dos cangaceiros entraram na justiça obrigando o Instituto a  Enterrarem os restos mortais dos cangaceiros.

Cangaço: as cabeças mais valiosas do Nordeste brasileiro


(Detalhe: as cabeças de Lampião e Maria Bonita são as 2 últimas do centro sendo a de Lampião a de baixo)

Em 04 de junho de 1898 nasceu Virgulino Ferreira da Silva, na fazenda Ingazeira de propriedade de seus pais, no Vale do Pajeú, em Pernambuco, terceiro filho de José Ferreira da Silva e D. Maria Lopes. Seus pais casaram no dia 13 de outubro de 1894, na Matriz do Bom Jesus dos Aflitos, em Floresta do Navio, tendo seu primeiro filho em agosto de 1895, que chamaram Antônio em homenagem ao avô paterno. O segundo filho nasceu dia 07 de novembro de 1896, e foi chamado de Livino. Depois de Virgulino, o casal teve mais seis filhos, quase que ano a ano que foram: Virtuosa, João, Angélica, Maria (Mocinha), Ezequiel e Anália.

Virgulino foi batizado aos três meses de nascido, na capela do povoado de São Francisco, sendo seus padrinhos os avós maternos: Manuel Pedro Lopes e D. Maria Jacosa Vieira. A cerimônia foi oficiada por Padre Quincas, que profetizou:

- "Virgulino - explicou o padre - vem de vírgula, quer dizer, pausa, parada." E arregalando os olhos: - "Quem sabe, o sertão inteiro e talvez o mundo vão parar de admiração por ele".
Quando menino viveu intensamente sua infância, na região que chamava carinhosamente de meu sertão sorridente! Brincava nos cerrados, montava animais, pescava e nadava nas águas do riacho, empinava papagaio, soltava pião e tudo o mais que fazia parte dos folguedos de seu tempo de menino.

A esperteza do menino o fez cair nas predileções de sua avó e madrinha que aos cinco anos o levou para a sua casa, a 150 metros da casa paterna.

À influência educativa dos pais, que nunca cessou, acrescentou-se a desta senhora - a "Mulher Rendeira" - a quem o menino admirava quando ela, com incrível rapidez das mãos, trocando e batendo os bilros na almofada e mudando os espinhos e furos, tecia rendas e bicos de fino lavor.

A primeira comunhão de Virgulino foi aos sete anos na capela de São Francisco, em 1905, juntamente com os irmãos Antônio (dez anos) e Livino (nove anos). A crisma aconteceu em 1912, aos quatorze anos e foi celebrada pelo recém empossado primeiro bispo D. Augusto Álvaro da Silva, sendo padrinho o Padre Manuel Firmino, vigário de Mata Grande, em Alagoas.

No lugar onde nasceu não havia escola e as crianças aprendiam com os mestres-escola , que ensinavam mediante contrato e hospedagem, durante períodos de três a quatro meses nas fazendas.Seu aprendizado com foi os professores Justino Nenéu e Domingos Soriano Lopes.

Ainda menino já trabalhava, carrregando água, enchiqueirando bodes, dando comida e água aos animais da fazenda, pilando milho para fazer xerém e outras atividades compatíveis com sua idade. Mais tarde, jovem, robusto passou aos trabalhos de gente grande: cultivava algodão, milho, feijão de corda, abóbora, melancia, cuidava da criação de gado, e dos animais. Posteriormente tornou-se vaqueiro e feirante.

Seu alistamento eleitoral e de seus dois irmãos Antônio e Livino foi feito em 1915 por Metódio Godoi, apesar de não terem ainda os 21 anos exigidos por lei. Sabe-se que votaram três vezes: em 1915, 1916 e 1919.

A vida amorosa dos três irmãos era como a de qualquer jovem de sua idade, e se não houvessem optado pela vida de cangaceiro, certamente teriam cada um constituído sua família e tido um lar estável como foi o de seus familiares. Até entrar para o cancaço, Virgulino e seus irmãos eram pessoas comuns, pacíficos sertanejos, que viviam do trabalho (trabalhavam muito como qualquer sertanejo) na fazenda e na feira onde iam vender suas mercadorias. Virgulino Ferreira da Silva na certa seria sempre um homem comum, se fatos acontecidos com ele e sua família (que narraremos na página "Porque Virgulino entrou para o cangaço") não o tivessem praticamente obrigado a optar pelo cangaço como saída para realizar sua vingança. Viveu no cangaço durante anos, vindo a falecer numa emboscada em 28 de julho de 1938, no município de Poço Redondo, Sergipe, na fazenda Angico


                                                                       Relembrando

                                                                                   
                                                   ficou conhecido como o " rei do Cangaço".

                                                                                 
A última Ceia de Lampião

- Nasceu numa família de classe média baixa.
- Trabalhou com o pai, na infância e parte da adolescência, cuidando de gado.
- Trabalhou também com transporte de mercadorias em longa distância, utilizando burros como meio de transporte de carga.
- Envolveu-se em brigas familiares na juventude e entrou para um bando de cangaceiros para vingar a morte do pai.
- Em 1922, passou, a comandar um bando de cangaceiros.
- Em 1923, seu bando efetuou assalto a casa de baronesa de Água Branca (AL).
- Em junho de 1927, Lampião comandou seus homens na fracassada tentativa de tomar a cidade de Mossoró (RN), Chegaram nesta ocasião a sequestrar o coronel Antonio Gurgel.
- Na década de 1930, Lampião e seu bando passou a ser procurado por policiais de vários estados do Nordeste, O bando passou a viver de saques a fazendas e doações forçadas de comerciantes.
- Em 1930, conheceu Maria Déia ( Maria Bonita) que ingressou no bando, tornando-se mulher de Lampião. Em 1932  nasceu a filha do casal, Expedita Ferreira.
- Em 27 de julho de 1938, Lampião e vários cangaceiros do bando estavam na fazenda Angicos, sertão de Sergipe. quando foram mortos por policiais da volante do tenente João Bezerra.

curiosidades:

- Lampião também trabalhou, até os 20 anos de idade, como artesão.
- Lampião, ao contrário da maioria dos cangaceiros da época, era alfabetizado.
- Lampião apresentava problemas de visão e, por isso, usava óculos para leitura.




                                                   FILME LAMPIÃO REI DO CANGAÇO




Sinopse: Os últimos dias de Lampião e Maria Bonita. A ação tem inicio com o sequestro por Lampião do geólogo inglês Steve Chander. O cangaceiro usa Joana Bezerra com intermediária para negociar o resgate com o governo da Bahia 40 contos de Réis pela vida do Refém. Em Salvador, o jornalista Lindolfo Macedo descobre que o governo pretende mandar prender Argemiro, irmão honesto e trabalhador de Lampião para forçar o cangaceiro a soltar o inglês. O jornalista parte então para o sertão na esperança de encontrar Argemiro primeiro. Mas o governador decide enviar tropas comandadas pelo tenente. Zé Rufino, tradicional perseguidor de lampião para capturar o bandido.

A partir dai tem inicio uma série de negociações perseguições e fugas, durante as quais o grupo vive momentos de grande tensão, tanto pela presença de Chander quanto pelo desaparecimento de Maria Bonita. O governo e a embaixada inglesa oferecem recompensas para quem fornecer pistas sobre o paradeiro do bando. O cerco se aperta a volante de Zé Rufino, descobre o bando na fazenda de Manoel Severo, onde Lampião e Maria Bonita haviam ido visitar Expedita, a filha do casal. por fim, em 28 de julho de 1938, Lampião e Maria Bonita são metralhados na Serra de Angico:

DADOS DO ARQUIVO
Tamanho: 855 MB
Formato: AVI
Áudio: Português
http://www.megaupioad.com/?d=NBBSY927

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